Project Description
“Não precisamos de ser seguidores do Zen para perceber que as nossas dobras podem
propiciar a meditação. Muitos dobradores descobriram isto mesmo ao dobrarem múltiplas
cópias de módulos idênticos para uma criação modular, ou ao dobrar grous para perfazer
um milhar a ser doado a uma pessoa doente, ou ser enviado para ficar suspenso em frente à
estátua de Sadako no Parque da Paz em Hiroshima. Quando dobramos, os dedos estão
ocupados sem necessidade de interferência mental e a repetição tem um efeito libertador
nas nossas mentes. Dobrar actua como um mantra que liberta o espírito para a oração e a
meditação. Esta será uma das ligações mais fortes entre a dobragem de papel e a
espiritualidade e, de certa forma, passamos por uma experiência libertadora semelhante às
do Budismo Zen.”
Trecho do texto Origami e Espiritualidade, de David Lister, publicado originalmente no British Origami Society, em The Lister List, Spirituality in Origami. Traduzido por Fernando Nascimento aqui.
Eu nem dobrei tantas peças assim, neste caso, mas acho que têm procedência as palavras do Lister.
Senti algo parecido. E Sueli e Rosário também perceberam isto em mim.
Om
rigami
Vânia!!!! Demais esse texto!!!Vou ler inteiro! Acredito piamente que quando paramos para dobrar, um novo mundo se apresenta e entramos em outro nível de consciência. Acho que fazer origami é entrar em contato com aquele “nosso eu” que as vezes fica mais do que bem guardado!!!!
Muitos beijos
Mary
uau- OM rigami! É tudo o que eu acho! Parabéns! Parabéns! Você como sempre sensacional!
Adorei, Vânia!
O LaFosse comenta algo em seus livros sobre origami e espiritualidade, mas só superficialmente, já pensei até em escrever para ele sobre isso, porém cadê o tempo?
Já me senti com ótimas vibrações
dobrando, e é muito bom trocar essas ideias, mesmo a distância.
Beijos 😉
Vânia, tenho lido pequenos trechos deste livro e quanto mais leio mais quero ler
obrigado por compartilhá-lo conosco. Seus quilts estão simplesmente maravilhosos como sempre…
Quando falo de quilts as pessoas costuma falar ahhh da tomoko e eu respondo.. que nada da vânia…
beijooos
Concordo em absoluto com este texto de Lister. Tive o privilégio de ter aulas de origami com o Fernando Nascimento, que já se encontra numa outra dimensão mas que tanta saudade nos deixou e que nos soube transmitir a espiritualidade que há no origami. Há já alguns anos que faculto aulas de origami recebendo apenas como pagamento a satisfação com que vejo as pessoas aprenderem. Tento sempre passar este conceito de espiritualidade e em cada início de curso falo sobre o tsuru, Sadako e as demais tradições que envolvem o origami quer através do simbolismo quer da própria realidade, para além de proporcionar benefícios de motricidade, concentração e até do próprio lazer. Penso que seria de grande utilidade a sua integração na área de trabalhos manuais no ensino escolar.